OLÁ AMIGAS(OS)

ESTE BLOG É DEDICADO A TROCA DE EXPERIENCIAS PROFISSIONAIS,BEM COMO, INFORMAÇÕES SOBRE A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NO AMBITO CLINICO E INSTITUCIONAL.



Um Olhar Psicopedagogico

Essa problemática vem da base da alfabetização que implica em falhas, não tem autonomia para conduzir seu percurso de aprendizagem nem as demandas escolares trazendo conhecimentos fragmentados e verdadeiros “buracos” não só na aprendizagem, mas na sua historia como sujeitos.

Alunos que permanecem na sala mas são desarticulados e desinteressados com as aulas, é preciso entender o que eles tentam nos comunicar com suas constantes recusas diante dos conteúdos pedagógicos, de dividir atenção do professor com os colegas, a “falta de limites”e agitação perante as propostas escolares. Uma boa proposta de trabalho seria um projeto envolvendo a historia de cada aluno aproveitando para ampliá-la como estratégia pedagógica na construção de sua aprendizagem, explicar o referencial teórico de onde partiu a idéia, justificando e fundamentando essa proposta.

Milhares de pais falam de seu sofrimento diante das dificuldades do filho, suas angustias por não saberem como lidar com as oscilações de comportamento deste, os fracassos constantes vividos no meio social e escolar, e os preconceitos enfrentados perante a sociedade. Ficam presos na culpa, mas é preciso uma mudança de posição subjetiva dos pais da culpa para a responsabilidade no sintoma do filho, não é preciso se defender frente a colocações ou apontamentos, mas aceitá-lo, enxergá-lo ouvi-lo de fato com suas necessidades e desejos pensando em formas de ajudá-lo a superar alguns de seus impasses na vida. Pensar sob outros ângulos e enxergar sob nova ótica.

Pontuarei algumas questões para reflexão sobre A constituição do Eu, através da relação com o outro, nas relações pedagógicas humanizadoras e afetivas. Não me proponho aqui a apontar caminhos ou respostas, mas colocar pensamentos e perguntas no intuito de alimentar a busca de instrumentos para a construção de novos espaços educativos.

A constituição do Eu, através da relação com o outro, é um tema trabalhado com ênfase na teoria do desenvolvimento de Henri Wallon. É a relação com o meio humano que nos torna humanos, constituindo pessoa com uma identidade única e própria. O que nos liga ao outro é a emoção. O amor é a emoção do reconhecimento da essência que une seres humanos. Nos humanos somos todos diferentes, mas da mesma essência, essas diferenças não podem confundir-se com desigualdade.

Aprender a amar é o quinto pilar do conhecimento para a educação da nova era. Pois o amor é a condição necessária ás relações éticas e transformadoras entre os seres humanos. É possível aprender a amar, quando aprendemos que as diferenças não tornam as pessoas melhores ou piores, apenas diferentes.

Quando me aproprio de informações recriando e compreendendo sua existência singular me torno autora dessa construção e de meu pensamento. A informação só faz parte do conhecimento do aluno, quando essa informação deixa de ser igual a que a professora lhe transmitiu.

É preciso despertar o prazer dos alunos em reconhecer a produção de sua autoria. Libertá-lo desse reconhecimento só através do olhar do outro. Valorizar o que eles têm de original libertar da repetição, estereotipia. Valorizar principalmente o prazer que se pode obter na autoria, na realização do desejo próprio.

Oferecemo-nos a eles como referencia, nunca como modelo a ser simplesmente imitado.

Para onde e dirige o olhar psicopedagógico? Quais são as implicações para a psicopedagogia? Uma questão fundamental com que se defronta são os processos emocionais contidos nos problemas de aprendizagem, que exigem respostas compatíveis tanto no plano dos referenciais norteadores, quanto na pratica do diagnostico e do tratamento das perturbações.

O psicopedagogo necessita de uma visão amplificada levando em conta seu mundo interno e externo, considerando o educando em sua inserção social, educacional e familiar, com enfoque psicanalítico clássico que contempla a questão da aprendizagem.

Antes de tudo o olhar do psicopedagogo dirige-se a existência em cada pessoa do seu interior, indagando dela o que a caracteriza como essencial única e individual. A observação profissional centraliza-se no contexto com esse ser, especialista naquilo que impede a pessoa de se nortear por si próprio e de se realizar.

O grau de distanciamento de contato passa a ser o fator principal a exigir atenção do psicopedagogo, uma vez que as dificuldades emocionais que se refletem sobre seu campo de atividades tem a ver, sobretudo com dificuldades de contato com esse ser. Quanto maior for o distanciamento do contato mais graves tendem a ser as perturbações psíquicas, mais graves tendem a ser, também os problemas emocionais que se encontram na área da psicopedagogia.

Em cada nível e grau de distanciamento há tipos característicos de perturbações psíquicas que se denunciam como problema de aprendizagem. Não se lida com tais problemas se antes não se conhecem os determinantes que dificultam ou impedem uma pessoa de ser ela própria e de se realizar plenamente. É função da psicopedagogia trabalhar pelo desenvolvimento de seres humanos inteiros, que se realizam plenamente como pessoas e que mantenham intactos suas condições interiores de sentir, pensar e agir de modo integral e verdadeiro. Isso se obtém através da autonomia e da liberdade de atuação do seu interior em cada um, sendo alcançado por meio de esforços de conhecimento das atividades do self (significa o nosso eu profundo, a maneira única de uma pessoa existir no mundo) sensorial associados a direcionamentos voltados aquilo que intrinsecamente a pessoa é.

Linguagem televisiva é um grande e influenciador mecanismo que faz parte de nossas vidas, onde ativa de forma intensa nossa atenção visual e auditiva, vivenciamos essas projeções e identificações repetindo modelo de cabelo, modas, profissões, etc. o apelo visual é muito forte e supera a linguagem oral ficamos presos a esses sentimentos de identificação sem muita margem para deles fugir, mergulhamos relativamente na fantasia, ficamos contaminados pela sedução das historias com final feliz, com a potencia, competência, beleza, riqueza dos personagens de novela, das propagandas dos mais variados produtos fazendo-nos desejar tudo aquilo. Sofremos, rimos ficamos ansiosos, com tudo o que vemos e ouvimos pela televisão, que entra sem aviso prévio em nossas casas.

A televisão pode fixar a criança em personagens que tenham a ver com seus desejos, medos, conflitos por tempo demasiado longo, mantendo a criança na fantasia, na onipotência, que são impeditivos do crescimento e da aprendizagem. Esses aspectos agregados aos novos modelos familiares, com ausência de casa de pai e mãe que trabalham geram, algumas vezes sentimento de abandono por parte da criança e culpa por parte dos pais. Mas a televisão, hoje em dia não é a maior vilã da historia, esse lugar no momento é da Internet, que fica fora do controle, enquanto a televisão pode sofrer relativa censura por parte dos pais e dos órgãos judiciais responsáveis por criança e adolescentes. O preocupante é o longo período que ocupa no dia-a-dia da criança desviando-a de brincadeiras motoras necessárias a sua idade. É importante que se converse sobre o que elas assistem, procurando descobrir que leitura fizeram e do que viram ajudando-as desenvolverem um pensamento critico entre o que é fantasioso e real.

Quanto aos problemas de aprendizado escolar a interação favorece o desenvolvimento e a linguagem. Para eles, há uma construção mútua e dinâmica do conhecimento. O que é considerado problema de aprendizado escolar? E quais os procedimentos adotados para resolvê-los?

Publicado em: 06/12/2009

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Abrew Amambahy - Perfil do Autor:

Pedagoga e Psicopedagoga inovando e aprendendo com as trocas de experiencias.